24 de fevereiro de 2008
Olá
Chamo-me Sofía sou espanhola, e estou aprender português. Gosto muito da lingua e também do país, pois tenho família lá. Adoro conhecer Portugal todos os anos nas minhas férias vou visitar alguma cidade ou aldeia de lá.
Espero com este blog poder aprender muitas mais coisas da cultura de Portugal.
Com os melhores cumprimentos,
Sofía Carvalho Muñiz
20 de fevereiro de 2008
Bem-vindos!

Têm disponíveis vários links informativos sobre língua e cultura portuguesa, gramática, etc.
Para habituar o ouvido aos sons da língua podem ouvir música portuguesa e brasileira.
Podem também partilhar os vossos textos, fazer comentários e publicitar eventos sobre a língua e cultura portuguesa nos vossos países.
Esperamos que este espaço seja um ponto de encontro entre todos!
7 de fevereiro de 2008
Comemoração dos 400 anos do nascimento do Padre António Vieira
Assim era Padre António Vieira.
O Padre António Vieira é uma das mais influentes figuras das culturas portuguesa e brasileira, não só do século XVII como de todos os tempos. Foi um importante religioso, escritor e orador português da Companhia de Jesus, e deu desde cedo provas de grande coragem e consciência social e política. A sua luta pelos direitos humanos e o combate à exploração e escravização dos índios valeu-lhe o nome de "Paiaçu" (dado pelos índios tupi, significa "Grande Pai").
António Vieira defendeu também os judeus, a abolição da distinção entre cristãos-novos (judeus convertidos, perseguidos à época pela Inquisição) e cristãos-velhos (os católicos tradicionais), e a abolição da escravatura. Criticou ainda severamente os sacerdotes da sua época e a própria Inquisição.
Foi perseguido pela Inquisição devido à sua luta pelos direitos humanos e denúncia dos "vícios" da sociedade da época.
Morreu aos 89 anos em Salvador da Bahia, Brasil.
24 de dezembro de 2007
Natal em Espanha
28 de novembro de 2007
D.Dinis de Portugal
Aniversário
Domingo que vem Eça de Queirós vai fazer anos: o seu 167º aniversário!
Eça de Queirós nasceu na Póvoa do Varzim a 25 de Novembro 1845.
Duas circunstâncias importantes determinaram a sua vida e a sua obra: Primeiramente a infância na paisagem do Douro e secundariamente o facto de ele ter nascido como filho natural de José Maria de Queirós e de ‘mãe incógnita’. Os seus pais só se casam em 1849. Ele viveu com uma ama e depois com os avós antes de ir para escola no Porto e para a Universidade em Coimbra.
Ele tinha uma grande vocação para a literatura e para a poesia. Mas ele sabia também que viver só da literatura não era suficiente. Teve breves experiências como advogado e jornalista. Finalmente decidiu começar uma carreira no serviço diplomático de consulado. Na sua carreira foi cônsul em Havana, Newcastle e, por fim, em Paris. Durante e paralelamente ao seu trabalho diplomático escreve as suas obras: grandes romances sobre a situação da burguesia e dos intelectuais no século dezanove em Portugal.
Ele casou tarde, em 1886 – com uma filha de uma família que ele já conhecia há muito tempo – e teve uma filha e três filhos.
Ele morreu em Paris em 1900 só com 55 anos.
Eça de Queirós foi uma descoberta para mim. Infelizmente ele é praticamente desconhecido fora da Península Ibérica porque praticamente não existem traduções. Ele é fácil de ler visto que o estilo é claro e a história narrada de uma maneira concisa. Os diálogos são fáceis de compreender. Ele gosta de descrições, e de vez em quando é um pouquinho barroco.
Os textos de Eça de Queirós transmitem o espírito do tempo com uma ironia formidável. Surpreendente é, confrontado com textos da mesma época (Zola, Flaubert ou autores alemãos ou ingleses), o erotismo explícito. Infelizmente a descrição de cenas eróticas é sentimental ao mesmo tempo. É possivel ficar com a impressão de que o nosso ponto de vista sobre a sexualidade está mais alterado do que sobre a sociedade.